Autism and mediation: interfaces with CAPS IJ
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v13i25.5674Abstract
O artigo busca refletir acerca da prática psicanalítica em interface com a saúde mental, colocando sob perspectiva as técnicas de mediação envolvendo o autismo no aparelho público, em especial nos Centros de Atenção Psicossociais Infantojuvenis, Caps IJ. Dessa forma, discute-se a respeito dos grupos terapêuticos como uma modalidade de trabalho interessante diante de crianças que apresentam como uma de suas características a dificuldade de estabelecimento do laço social. Para tal, interroga-se a possibilidade de que a instituição se ofereça como um espaço para oficinas que considerem que o saber deve ser situado do lado da criança, entendendo que, do lado do profissional, o manejo do analista deve se orientar por um olhar singular, para os interesses dos pacientes, em uma clínica do detalhe. Nesse contexto, trata-se de uma revisão bibliográfica, considerando os aportes teóricos da Psicanálise de orientação lacaniana que indicam a voz como objeto primordial na constituição do sujeito autista. Assim, a pesquisa tem como referência a recente publicação do livro de J-M. Vives e Isabelle Orrado (2021), Autismo e mediação, na medida em que os autores sustentam as intervenções psicanalíticas por meio do conceito de mediação a partir de um trabalho que leva em consideração, sobremaneira, a pulsão invocante.