Estado Novo no Brasil e em Portugal - características distintivas no processo de constituição
Abstract
Resumo: No Brasil, a Primeira República reinstalou a instabilidade política subsequente à Independência, após cerca de meio século sem Golpes de Estado. O mesmo ocorreria com a Primeira República em Portugal. Ali também, o começo do novo regime colocou na ordem do dia soluções emergenciais. Em ambos os casos, adotaram-se soluções de caráter ditatorial, e ambos receberam o nome de Estado Novo. Contudo, assumiram feições diferentes. Em Portugal, no bojo da instabilidade é que se originou a problemática, i.e., cansaço perante a anarquia e aspiração generalizada pela restauração da ordem; descrença no sistema representativo e transformação das Forças Armadas em árbitro da situação política, quer dizer, não se dispunha de modelo alternativo experimentado. No Brasil, deu-se o contrário. Num dos Estados da Federação, existia a experiência política (solitária) de um sistema político autoritário, enquanto praticamente no resto do País (ou talvez nos Estados de maior peso político e econômico), desejavam-se, basicamente, correções no sistema eleitoral.
Palavras-chave: Golpes de Estado; Estado Novo; Instabilidade; Ordem; Sistema autoritário