Entre barões e porões: Amílcar Lobo e a psicanálise no Rio de Janeiro durante a ditadura militar
Palavras-chave:
História da Psicanálise, Formação do Psicanalista, Transferência, Instituições Psicanalíticas, Ditadura.Resumo
Pretende-se, neste artigo, uma análise crítica do “caso Amílcar Lobo” – médico que atuou em equipe de tortura do Exército durante a ditadura militar no Brasil, estando, simultaneamente, em formação psicanalítica na Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ). Tomando o caso como “analisador” do processo de institucionalização da psicanálise, demonstra-se de que maneira as sociedades psicanalíticas filiadas à Associação Psicanalítica Internacional (IPA) – naquele contexto da história do nosso País – foram coniventes com o regime de exceção instaurado, bem como com as práticas de tortura então vigentes. Em seguida, problematiza-se, por meio de uma pesquisa acerca dos efeitos transferenciais produzidos pelo modelo padronizado de formação psicanalítica, de que modo o movimento psicanalítico se encontra implicado na produção do “caso Amílcar Lobo”.Downloads
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Publicado
12-06-2014
Como Citar
Moreira, L. E. de V., Bulamah, L. C., & Kupermann, D. (2014). Entre barões e porões: Amílcar Lobo e a psicanálise no Rio de Janeiro durante a ditadura militar. Analytica: Revista De Psicanálise, 3(4), 173–200. Recuperado de http://periodicos.ufsj.edu.br/analytica/article/view/629