Escrevendo o indizível

Autores

  • Angela Maria Resende Vorcaro
  • Raíssa Gomes Assenço

Palavras-chave:

Francis Bacon, arte e psicanálise, filosofia da diferença, devir, hiância.

Resumo

O artigo “Escrevendo a indizível” parte da pergunta fundamental de como pode haver um diálogo entre arte e psicanálise? Para tanto, as autoras buscaram referências teóricas como a de Freud, com a idéia de “estranho”, como Deleuze com a filosofia da diferença, e também algumas reflexões presentes em Merleau Ponty, Marilena Chaui, Ovídeo de Abreu e Lacan. Desta forma, as autoras discutem uma interface possível entre as duas áreas, colocando a arte de Bacon na esfera da hiância, do não sabido, do devir, do fazer com o Real. Pintor anglo-irlandês, produziu uma arte figurativa, entre as décadas de 40-80 pintando quadros com expressões do horror, da distorção, do despedaçamento. Este artigo é uma releitura de sua obra por meio da filosofia da diferença e do discurso psicanalítico lacaniano em suas concepções sobre a falta e repetição. Desta forma, a expressão única que são os quadros de Francis Bacon puderam ser palco de uma análise cuja perspectiva é da reinvenção da vida, lugar de possibilidade, expressão que irrompe pelas fissuras do sempre mesmo e vem à luz.

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Publicado

20-12-2018

Como Citar

Maria Resende Vorcaro, A., & Gomes Assenço, R. (2018). Escrevendo o indizível. Analytica: Revista De Psicanálise, 7(12), 100–109. Recuperado de http://periodicos.ufsj.edu.br/analytica/article/view/3234