MINISTROS DA DIVINA JUSTIÇA E AGENTES DO PECADO: OS PADRES SOLICITANTES NA COMARCA DO RIO DAS MORTES (1700-1821)

Autores

  • Sabrina Alves da Silva

Resumo

Durante todo o século XVIII e início do XIX, especialmente durante a quaresma, os habitantes da comarca do Rio das Mortes, na capitania de Minas Gerais, se encaminhavam às igrejas para cumprir o preceito do sacramento da confissão. Mas o confessionário, que deveria ser um local sagrado reservado às confissões de penitentes arrependidos e ministros da Divina justiça, por vezes se transformou em um lugar propício para “atos ilícitos”, onde o confessor se transformava em pecador. O delito de solicitação acontecia quando um clérigo, antes, durante, depois ou no lugar reservado para a administração do sacramento da penitência incitava para atos luxuriosos o(a) penitente com toques, gestos, palavras, cartas, beijos, presentes, pedidos indecorosos etc. Esse delito disseminou-se na colônia brasileira, onde foram localizadas 432 denúncias entre os anos de 1700 e 1821, mesmo com todos os esforços do Tribunal Inquisitorial para rechaçá-lo. Na capitania de Minas Gerais, foram encontradas 108 denúncias no mesmo período contra clérigos solicitantes; e na comarca do Rio das Mortes, foram encontradas 26 denúncias.

Palavras-chave: Inquisição. Minas Gerais. Clero. Confissão. Solicitação.

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Publicado

2017-05-15

Como Citar

Alves da Silva, S. (2017). MINISTROS DA DIVINA JUSTIÇA E AGENTES DO PECADO: OS PADRES SOLICITANTES NA COMARCA DO RIO DAS MORTES (1700-1821). Revista Tempos Gerais, 5(1). Recuperado de http://periodicos.ufsj.edu.br/temposgerais/article/view/1989