Os lutos das mulheres aprisionadas referentes aos relacionamentos afetivo-sexuais

Autores

Palavras-chave:

lutos não reconhecidos, perdas ambíguas, mulheres aprisionadas, prisão, relacionamentos afetivo-sexuais

Resumo

O aprisionamento traz inúmeras perdas para as pessoas encarceradas, sobretudo, para as mulheres, que enfrentam barreiras para a manutenção dos vínculos afetivo-sexuais com os(as) companheiros(as), além de serem frequentemente abandonadas. O presente artigo visa compreender as perdas referentes aos relacionamentos afetivo-sexuais das mulheres aprisionadas. Realizou-se uma pesquisa qualitativa em um presídio misto, onde foram conduzidos seis estudos de caso. Os dados foram analisados por meio dos seguintes referenciais teóricos: Teoria do Apego, de John Bowlby; perdas ambíguas, conforme Pauline Boss; lutos não reconhecidos, segundo Kenneth Doka. Através da análise, constatou-se que grande parte das perdas são ambíguas, caracterizadas pela falta de clareza acerca do que foi perdido. O apontamento das perdas ambíguas e a nomeação do luto como não reconhecido poderá auxiliar na validação social e intrapsíquica desse processo, contribuindo para o seu enfrentamento pelas mulheres aprisionadas e construção de uma sociedade que reconhece o luto em suas diferentes manifestações.

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Biografia do Autor

Ana Cristina Costa Figueiredo, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, com período sanduíche na Universidade do Minho/Braga, Portugal (2019). Mestra em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2013) e Especialista em Terapia de Casal e Família pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2018). Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2011), com período sanduíche no St. Thomas Aquinas College-NY (2009). Atualmente, é Pós-Doutoranda em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Principais temas de estudo: aprisionamento; relacionamentos afetivo-sexuais; infidelidade conjugal; lutos não reconhecidos; perdas ambíguas.

Márcia Stengel, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004) e pós-doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013). É graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1992) e mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1996). Atualmente é Professora da Graduação e do Programa de Pós-graduação de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É membro do Conselho de Ética em Pesquisa da PUC Minas. Atualmente é membro do Colegiado de Coordenação Didática do Programa de Pós-graduação de Psicologia da PUC Minas, cargo que ocupou entre 2008 e 2013. Autora do livro "Obsceno é falar de amor? As relações afetivas dos adolescentes" (2003) e organizadora, dentre outros, do livro "Juventude e Cultura Digital: Diálogos Interdisciplinares" (2016). Atua principalmente nos seguintes temas: adolescência; juventude; família; relações afetivas; virtualidade; redes sociais; gênero.

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Publicado

2022-11-30

Como Citar

Costa Figueiredo, A. C., & Stengel, M. (2022). Os lutos das mulheres aprisionadas referentes aos relacionamentos afetivo-sexuais. Revista Pesquisas E Práticas Psicossociais, 17(1), 18. Recuperado de http://periodicos.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/4288

Edição

Seção

Artigos