“Batizados na pia da vida”: o segundo nascimento na experiência trans
Palavras-chave:
Experiência trans, norma, gênero, origem, autoengendramento.Resumo
Considerando que o segundo nascimento aparece, em diversos depoimentos, como uma marca da mudança da condição de gênero, o artigo tem como enfoque investigar o caráter antinormativo da experiência trans. Para tanto, discutiremos como a emergência do sujeito se dá por meio do registro alteritário, a partir das contribuições de Freud e Butler para, em seguida, pensar como o assujeitamento é uma experiência normativa, o que implicará em analisar como a atribuição de gênero é marcada pelo binarismo de gênero e a heterossexualidade compulsória. A partir da noção de autoengendramento, sustentaremos que a renomeação – a partir da qual o sujeito refunda sua origem – contraria o sistema normativo de nomeação que lhe constituiu e, consequentemente, o modelo de família como origem. É nesse ponto que indicaremos uma possível dimensão de risco, na medida em que, ao interpelar o registro alteritário que o nomeou, o sujeito pode se deparar com a iminência de perda do outro, sobretudo em nossa sociedade transfóbica, o que torna a alteridade crucial para que essa vida que “renasce” seja uma vida vivível.Downloads
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Publicado
22-02-2022
Como Citar
Helsinger, N. M. (2022). “Batizados na pia da vida”: o segundo nascimento na experiência trans. Analytica: Revista De Psicanálise, 10(19), 1–33. Recuperado de http://periodicos.ufsj.edu.br/analytica/article/view/4666
Edição
Seção
ARTIGOS