La jouissance: o gozo feminino em Freud, Lacan e na contemporaneidade
Palavras-chave:
Gozo feminino. Mulher. Freud. Lacan. contemporaneidade.Resumo
O objetivo do estudo foi traçar um percurso teórico do conceito de gozo feminino. Através de uma revisão de literatura narrativa, abordamos o tema desde seus indícios em Freud e suas discussões sobre a feminilidade e seu componente misterioso, até Lacan, que a partir da criação do conceito de gozo e de suas teorias sobre a mulher, propõe a noção de gozo feminino como gozo do Outro – um gozo que está fora da lógica fálica; e terminamos por discutir o gozo na contemporaneidade. Ancorando-se no conceito de gozo e passando pelos contextos sócio históricos que suscitaram as discussões sobre feminilidade, o gozo feminino se apresenta como algo além do conhecimento e do domínio. Lacan propõe então a não existência de uma solução universal para o enigma do gozo feminino, famosamente declarando que “A mulher não existe”. Este caminho metapsicológico culmina com a contribuição de autores contemporâneos, como Néstor Braunstein, Colette Soler, Maria Rita Kehl, Pedro Ambra e Tânia Rivera que discutem sobre seus desdobramentos.