Os impactos da grupalização na vida cotidiana
Palavras-chave:
Grupo, psicanálise, cultura e mal-estar.Resumo
A cibercultura organiza inusitados modelos de grupalidade e de laços sociais. Constrói grupos eletrônicos, sem territorialidade, em um tempo cíclico e sem linearidade no imaginário. Essas grupalidades se transformam em uma comunidade de interesses comuns, a princípio num espaço sem corpo e sem carne, onde criam e jogam e, agora, em carne e osso, se espacializam, se corporificam na urbe. Alguns desses grupos reivindicam e protestam, utilizando a palavra, e, outros, a violência do ato sem mediação. Velozmente se adensam mais e mais participantes, emergem novas reivindicações, multiplicam-se tomando o país, saem da apatia hedonista e criam uma cultura inédita de participação política. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é refletir sobre essas modalidades insólitas de agrupamento, nos aspectos em que se contrapõem a alguns pressupostos psicanalíticos organizadores da grupalidade. Para tanto, apresentamos uma breve análise do contexto histórico, o aparecimento dos estudos psicanalíticos grupais e as novas questões teóricas impostas por esses agrupamentos. Em seguida, discutimos a potência do agrupamento em evidenciar o mal-estar social. Por fim, as consequências disso para a emergência do sujeito político.Downloads
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Publicado
09-12-2013
Como Citar
Bichara, M. A. A. C. (2013). Os impactos da grupalização na vida cotidiana. Analytica: Revista De Psicanálise, 2(3), 123–144. Recuperado de http://periodicos.ufsj.edu.br/analytica/article/view/466
Edição
Seção
ARTIGOS