Revista Territorium Terram
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<p><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Arial, sans-serif; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Publicação quadrimestral, editada pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeog) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), a <em>Territorium Terram</em> destina-se a divulgar artigos científicos, de natureza teórica ou empírica, ligados à Geografia. Privilegiando a dimensão e a dinâmica da realidade espacial, a revista visa socializar e preservar conhecimentos, bem como, estimular a sua produção, encontrando-se aberta à contribuição de pesquisadores, professores do ensino superior, alunos de pós-graduação de outras instituições nacionais e internacionais.</span></p>pt-BRRevista Territorium Terram2317-5419<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal;"><span style="text-transform: none; font-weight: normal;">1. Os autores concedem à Revista Eletrônica de Geografia TERRITRIUM TERRAM (RTT), o direito da primeira publicação, como trabalho simultaneamente licenciado sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENCE, que permite o compartilhamento do trabalho com o reconhecimento de autoria do trabalho e publicação inicial na revista.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal;"><span style="text-transform: none; font-weight: normal;"> 2. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separados para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (capítulo de livro, repositório institucional) com reconhecimento de autoria e publicação inicial desta revista.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal;"><span style="text-transform: none; font-weight: normal;"> 3. Os autores são responsáveis pelo conteúdo que consta no manuscrito publicado na revista.</span></p>EDITORIAL
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José Gustavo Santos da SilvaThaise SutilMúcio do Amaral FigueiredoGeraldo Majela Moraes Salvio
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2025-09-082025-09-088esp. 10105A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS NATURAIS PROTEGIDAS COMO RESERVATÓRIO DE ESPÉCIES DE ANGIOSPERMAS DESCONHECIDAS PELA CIÊNCIA
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<p>O presente estudo investigou a relevância das Áreas Naturais Protegidas (ANP) na conservação da biodiversidade vegetal, com foco na presença de novas espécies de angiospermas descritas entre 1973 e 2023. Por meio de revisão bibliográfica, foram analisadas 506 novas espécies distribuídas em 19 países. Os resultados indicaram que apenas 23% das espécies descritas foram coletadas em ANP, enquanto 77% foram registradas em áreas não protegidas, evidenciando a lacuna na efetividade dessas áreas na proteção de espécies recém-descobertas. Países como Brasil, Peru, Índia e Tailândia se destacaram em número absoluto de descobertas, enquanto Laos e Vietnã apresentaram maior eficiência proporcional em proteger novas espécies. A análise temporal, quando foi agrupada a cada 10 anos, revelou tendência crescente na descoberta de novas espécies, associada ao avanço das técnicas taxonômicas e ao fortalecimento das políticas públicas de incentivo à pesquisa. Ainda assim, estudos apontam que cerca de 18% das ANP operam com níveis satisfatórios de proteção, comprometendo sua função conservacionista. Conclui-se que as ANP atuam como reservatório de novas espécies vegetais de angiospermas, mas que é necessário ocorrer ações de ampliação territorial dessas no intuito de oportunizar que nelas ocorram a descoberta de novas espécies ao garantir a continuidade evolutiva dessas nestes ecossistemas preservados.</p>Kelly Cristina Chantal NogueiraGuilherme Teixeira de Oliveira CarvalhoRaquel Estefano RodriguesJosé Emílio Zanzirolani de OliveiraGeraldo Majela Moraes Salvio
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2025-09-082025-09-088esp. 10614A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA: O TURISMO COMO ESTRATÉGIA PARA REDUZIR AS DESIGUALDADES REGIONAIS
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<p>Este trabalho tem como objetivo distinguir como se deu a urbanização brasileira sob a influência do processo de industrialização do país, em contraste com um novo processo de urbanização, em décadas recentes, como parte da territorialização do turismo, principalmente na zona costeira. A urbanização turística é em parte resultado de políticas federais de incentivo ao desenvolvimento turístico, principalmente o Programa de Regionalização do Turismo. O turismo tem sido incentivado pelo governo federal, como parte de uma estratégia para reduzir as desigualdades regionais do Brasil. A metodologia empregada é qualitativa, buscando-se identificar e examinar trabalhos acadêmicos que tratam das temáticas abordadas no texto, particularmente aquelas relacionadas à urbanização brasileira e ao turismo, como forma de urbanização e setor de formulação de políticas públicas de desenvolvimento. É dada ênfase à urbanização turística no litoral do Estado de Alagoas. O trabalho mostra que a urbanização acelerada do país ao partir do início do século XX gerou disparidades regionais, com o Sudeste crescendo mais rapidamente do que o Nordeste. O trabalho também argumenta que o Programa de Regionalização do Turismo dinamizou diversas áreas urbanas litorâneas do Nordeste, criando empregos, ocupação e renda, contribuindo de alguma forma para o desenvolvimento regional. Apesar dos avanços, é necessário aprimorar as políticas existentes para enfrentar as desigualdades que persistem e promover um desenvolvimento mais inclusivo.</p>Clarisse Epifanio RamosLindemberg Medeiros de Araujo
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2025-09-082025-09-088esp. 11532AL´ÉM DO TURISMO DE SOL E PRAIA EM ALAGOAS
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<p>Este artigo tem o objetivo de demonstrar a possibilidade de exploração do potencial turístico do município de Cajueiro, localizado na Microrregião Geográfica da Mata Alagoana, pois atestamos que o município possui atrativos que podem condicionar a sua inserção no contexto da atividade turística no estado de Alagoas. Justificamos que o que nos incentivou a desenvolver esse tema se deu a partir da constatação da definição das regiões turísticas apresentadas pelo Governo do Estado de Alagoas, quando na Região dos Quilombos, municípios limítrofes a Cajueiro, como Maribondo, Tanque d´Arca, Flexeiras, Mar Vermelho, Murici, São José da Laje, União dos Palmares, Viçosa, Ibateguara, Quebrangulo e Chã Preta, foram selecionados, não sendo contemplando nessa regionalização o município em foco, conforme, Alagoas (2024). Destacamos que para o desenvolvimento desse texto, foi empregada uma metodologia de pesquisa qualitativa, com leitura sobre os temas teóricos de interesse para a pesquisa realizada, incluindo análise de documentos de política pública de turismo federais e estaduais. Além disso, foi realizado um levantamento de recursos com potencial turístico existentes em Cajueiro. O trabalho conclui que o referido município dispõe de importantes recursos naturais que podem ser explorados para o desenvolvimento turístico local, podendo ser complementados com recursos locais do patrimônio cultural da região em destaque. Nesse processo destacamos que para o desenvolvimento do tema foi pertinente pensarmos alguns conceitos relevantes para compreendermos melhor os tópicos que foram abordados neste trabalho, estabelecendo uma relação entre a Geografia e o Turismo, imprescindível para chegarmos a uma definição do que é o turismo em uma perspectiva geográfica.</p>Diego BezerraLindemberg Medeiros de AraujoPaulo Rogério de Freitas Silva
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2025-09-082025-09-088esp. 13352AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DE UMA TRILHA MULTIUSO NO COMPLEXO DA SERRA DO LENHEIRO, SÃO JOÃO DEL-REI, MINAS GERAIS, BRASIL
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<p>Esta pesquisa científica apresenta um diagnóstico dos impactos ambientais antrópicos na “Trilha Vale das Formas”, situada na Serra do Lenheiro, no setor norte do município de São João del-Rei, MG. A análise baseou-se em inspeções visuais realizadas em dois períodos distintos, com o objetivo de avaliar as características métricas e ambientais da trilha, subsidiando ações de proteção, conservação e manejo. Para compreender os processos de degradação, adotou-se como base metodológica o Levantamento Detalhado de Impactos em Trilhas (LDIT) de Almeida (2005), adaptado de Barros (2003), que permite a análise quali-quantitativa de pontos de controle. Os resultados indicaram variações nos indicadores analisados, evidenciando a complexidade dos fatores ambientais e humanos que influenciam a trilha. Tanto os dados registrados nas planilhas de campo quanto as observações in loco revelaram, à semelhança do estudo de Cole (1983), que embora grande parte da trilha esteja estável, alguns trechos apresentam condições críticas que exigem atenção. Assim, recomenda-se a implementação de ações de monitoramento contínuo e o engajamento da comunidade local, visando à conservação do Complexo da Serra do Lenheiro e de suas trilhas.</p>Victor Gabriel de Oliveira CândidoHeloísa Silva LeãoMúcio do Amaral Figueiredo
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2025-09-082025-09-088esp. 15369COMPOSIÇÃO DE IMAGENS MULTISSENSOR PARA O MAPEAMENTO DO USO E COBERTURA DA TERRA
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<p>Este trabalho propõe a utilização de imagens multissensor visando à melhoria da acurácia do mapeamento do uso e cobertura do solo. A proposta surge das observações empíricas dos erros encontrados para a classificação supervisionada de imagens do sensor WPM a bordo do satélite CBERS-4A com 2 m de resolução espacial. Entendendo-se o potencial fornecido por essa resolução espacial, mas que é limitado pela resolução espectral restrita ao espectro visível e infravermelho próximo, é proposta a adição das bandas do infravermelho de ondas curtas (SWIR1 e SWIR2) coletadas pelo satélite Landsat. Para isso, essas bandas foram reamostradas para 2 m pelo método de convolução cúbica. Foram realizadas classificações supervisionadas por meio do classificador SVM a partir das duas imagens geradas, que são a imagem original CBERS-4A com 4 bandas espectrais e a imagem com as 2 bandas do SWIR adicionadas, totalizando 6 bandas espectrais. Os resultados indicam uma maior Acurácia Global para a imagem com as bandas adicionadas (81,16%) em relação à imagem original (70,47%). As demais métricas de avaliação – Acurácia do Usuário, Acurácia do Produtor e Coeficiente Kappa – e a análise visual dos mapeamentos corroboram esse resultado, indicando uma maior assertividade do classificador a partir da adição das bandas. Conclui-se que o método é eficiente para a área de estudo testada e pode ser facilmente replicado para situações análogas, visando melhorar a acurácia das classificações das imagens do satélite sino-brasileiro.</p>Danilo Marques de Magalhães
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2025-09-082025-09-088esp. 17086O MAPA DO TURISMO BRASILEIRO EM PERSPECTIVA
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<p>Este estudo analisa o Mapa do Turismo Brasileiro (MTB), principal instrumento de categorização dos municípios turísticos no país, e seu impacto na distribuição de investimentos e no desenvolvimento regional. A pesquisa investiga como os critérios do MTB influenciam o acesso de municípios emergentes a incentivos financeiros e políticas de fomento, considerando barreiras estruturais e institucionais que limitam seu avanço. Foram analisadas normativas oficiais, dados do Ministério do Turismo (MTur) e estudos acadêmicos sobre regionalização e financiamento turístico. Os resultados revelam que a categorização favorece municípios consolidados, ampliando desigualdades regionais e restringindo a diversificação da oferta turística, especialmente em segmentos alternativos, como o turismo de base comunitária. Diante desse cenário, o estudo propõe três diretrizes: revisar os critérios de categorização, incentivar segmentos alternativos e oferecer suporte técnico e financeiro a municípios emergentes. Conclui-se que um modelo mais equitativo pode promover uma distribuição mais justa dos investimentos e incentivar o desenvolvimento territorial.</p>Paulo Fernando Meliani
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2025-09-082025-09-088esp. 187101QUANTO APLICAM EM GESTÃO AMBIENTAL OS MUNICÍPIOS ATINGIDOS POR DESASTRES NATURAIS?
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<p>Os desastres naturais vêm ocorrendo com maior frequência no sul do Brasil, principalmente os hídricos, causando sofrimento e prejuízos à população. O desafio dos gestores públicos está em planejar políticas públicas capazes de minimizar os efeitos dessas ocorrências. O objetivo desta pesquisa é analisar a aplicação de recursos em gestão ambiental dos municípios catarinenses que decretaram calamidade pública por desastres naturais. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa e levantamento de dados documental. A análise abrange 14 municípios catarinenses que já decretaram estado de calamidade pública devido às catástrofes naturais, sendo eles, Benedito Novo, Blumenau, Brusque, Camboriú, Gaspar, Ilhota, Itapoá, Luiz Alves, Nova Trento, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó. O período analisado foi de 2015 a 2023. Os resultados mostram disparidades relevantes entre os municípios. Enquanto alguns aplicam valores significativos na gestão ambiental, outros nem mesmo aplicam, mesmo já tendo decretado calamidade devido aos eventos naturais. Esta pesquisa contribui para análise fiscal cidadã, além de auxiliar gestores ao comparar dados de município de uma mesma região.</p>Lizandra Maysa Marcílio Valkyrie Vieira Fabre Luana Alves Marian Sérgio Marian
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2025-09-082025-09-088esp. 1102115MAPEAMENTO DE UNIDADES DE PAISAGEM NO GEOPARQUE QUARTA COLÔNIA MUNDIAL UNESCO
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<p>A paisagem representa a síntese atual de estrutura e processos de diferentes tempos. É na intrínseca relação entre as sociedades e a natureza que a paisagem assume um viés sistêmico e dinâmico, permitindo a identificação dos valores, formas, culturas e elementos paisagísticos patrimoniais. Desta complexa interação, surge o principal objetivo desta pesquisa que possui o intuito de analisar, interpretar e definir as macrounidades, unidades e subunidades de paisagem do município de São João do Polêsine, integrante do Quarta Colônia Geoparque Mundial da UNESCO. Utiliza-se para este fim uma abordagem sistêmica e um método dedutivo, além das etapas metodológicas de sobreposição de informações extraídas da geologia, geomorfologia, cobertura vegetal e uso da terra, utilizando o software livre Qgis. A aplicação desta metodologia induziu sucessivas análises e sínteses apresentadas no mapeamento de duas macrounidades, três unidades e quatorze subunidades da paisagem para o território do município. A diferenciação das paisagens considerou as formas, processos, relevância cultural e histórica e, também, os padrões de uso da terra. A síntese oriunda das análises apresentadas no trabalho, permitem a compreensão da diversidade paisagística de São João do Polêsine e das ameaças antrópicas e naturais que as cercam.</p>Ana Paula KieferAdriano Severo Figueiró
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2025-09-082025-09-088esp. 1116134CONDUTORES DE VISITANTES DO MUNICÍPIO DE PRAIA GRANDE/SC
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<p>O objetivo do presente artigo é realizar uma breve revisão bibliográfica sobre a atuação do condutor de visitantes utilizando-se da interpretação ambiental como ferramenta de manejo em Unidades de Conservação (UCs). Em seguida, busca se destacar as características de duas trilhas de ecoturismo: no Parque Nacional de Aparados da Serra (PNAS), a trilha do Rio do Boi, e no Parque Nacional da Serra Geral (PNSG), a trilha das Piscinas do Malacara. Este estudo vai ter abrangência de análise no município de Praia Grande/SC. Os condutores de visitantes a qual o presente artigo se refere são associados à Associação Praiagrandense de Condutores para Ecoturismo (APCE). A metodologia do presente trabalho terá uma estrutura descritiva/explicativa com uma abordagem qualitativa a partir da estratégia de estudo de caso e o tipo de pesquisa será exploratória. As atividades de condutores de visitantes proporcionam que estes estejam inovando-se, empreendendo e desenvolvendo o seu potencial na natureza. Com base neste campo de análise, seguem alguns resultados: tem suas raízes nas Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo; insere-se na integração do geoturismo à dinâmica dos Parques Nacionais; promove a justiça ambiental e a sustentabilidade; promove práticas integrativas sustentáveis com empreendimentos turísticos; envolve-se com a gestão pública e governança; visa utilizar-se dos significados dos recursos naturais e culturais para provocar conexões pessoais entre o público visitante e o patrimônio protegido; a interpretação ambiental oportuniza que o visitante de passagem obtenha informações significativas do meio ambiente visitado; o condutor de visitantes apoia a educação ambiental desenvolvida principalmente através de projetos escolares; contribui com a missão do ICMBio na proteção ao patrimônio natural e na promoção socioambiental dos parques nacionais e área ao entorno.</p>Tarcísio Roldão da RosaJuliano Bitencourt CamposLucas Carregari da Rosa CarneiroJosé Gustavo Santos da Silva
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2025-09-082025-09-088esp. 1135159ANÁLISE ESPACIAL DE ISOLAMENTO E PROXIMIDADE DOS FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA DO SUL DO BRASIL
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<p>A fragmentação gera impactos cumulativos, sinérgicos e aditivos. Estratégias no monitoramento, manejo sustentável, conservação da biodiversidade e proteção de serviços ecossistêmicos são aspectos relevantes ao desenvolvimento regional. Este artigo é um recorte da pesquisa de trabalho de conclusão de curso do Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). O objetivo foi analisar o isolamento e proximidade dos fragmentos remanescentes de Mata Atlântica no contexto da Unidade de Conservação do Parque Natural Municipal de Ronda (PNMR). A área de estudo está situada na sub-bacia do arroio Rolantinho da Areia (SBRA), uma das cabeceiras do Alto Sinos, situada a nordeste do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. A análise geoespacial do mapeamento de uso e cobertura da terra e fragmentos florestais usou geoprocessamento, sensoriamento remoto e Sistema de Informação Geográfica (SIG). Os fragmentos florestais remanescentes foram submetidos ao <em>FRAGSTATS 4.2<sup>®</sup></em> para cálculo das métricas da paisagem. Foram calculadas métricas de: área, borda, área-núcleo, proximidade, isolamento, conectividade, retalhamento e agregação. Os 310 fragmentos florestais mapeados na SBRA foram ranqueados por classe de tamanho, a saber: < 5 ha (muito pequeno), 5-25 ha (pequeno), 25-75 ha (médio), 75-150 ha (médio-grande) e >150 ha (grande). Contudo, o levantamento não identificou a classe de tamanho de 75-150 ha, como já mapeado para outras sub-bacias da região em condições e características semelhantes. Os resultados indicam que a maioria dos fragmentos são inferiores a 5 ha, orbitam em torno de um grande fragmento central com uma área acima de cinco (5) mil ha onde está inserido o PNMR. Os fragmentos muito pequenos e pequenos (até 25 ha) são os que apresentam a maior proximidade influenciando o alto grau de coesão, funcionando como trampolins ecológicos, estabelecendo a conectividade e manutenção entre fragmentos e com a Unidade de Conservação, bem como, promovendo a proteção edáfica e dos recursos hídricos dada a intrínseca relação dos remanescentes e cursos d’água. Os fragmentos médios 25-75 ha são aqueles mais isolados do PNMR localizados nas áreas de borda mais retalhada nos limites da SBRA. Observamos que pontos sensíveis como os que concentram os fragmentos menores e mais isolados, poderiam ter a distância euclidiana média reduzida ao assumir um cenário com áreas de Silvicultura como incremento, admitindo algumas áreas estratégicas para melhoria de conectividade com a Unidade de Conservação. Cabe pontuar a relevância da conexão dos fragmentos com <em>habitats</em> de sistemas biótopos dos Campos de Altitude e das Áreas Úmidas, infraestruturas ecológicas como redes de ligação com menor resistência da paisagem.</p>Juliana Gisele Gottschalk PetzingerMárcia dos Santos Ramos Berreta
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2025-09-082025-09-088esp. 1160179ANÁLISE DAS MUDANÇAS NO USO E COBERTURA DA TERRA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JACU
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<p>A pesquisa teve como objetivo analisar as mudanças no uso e cobertura da terra na bacia hidrográfica do rio Jacu, que abrange os municípios de Porto União (SC), Porto Vitória (PR) e, em maior extensão, União da Vitória (PR), no período de 1985 a 2022. A metodologia utilizada inclui técnicas de geoprocessamento, como o uso do QGIS 3.28 com imagens SRTM e dados do MapBiomas, complementadas por trabalho de campo em 11 pontos de controle. A análise comparativa revelou alterações significativas na paisagem ao longo desses 37 anos. Os agrossistemas sofreram uma redução de 12,54% na área total, enquanto a silvicultura apresentou um aumento expressivo de 8,39%. Além disso, observou-se um crescimento de 1,83% na formação florestal e de 1,06% nas áreas urbanas. Essas mudanças foram associadas às transformações nas atividades econômicas regionais e a impactos na qualidade ambiental, especialmente na qualidade da água do rio Jacu. O estudo oferece um diagnóstico ambiental, fundamentado em observações em campo, destacando a dinâmica da paisagem e os desafios de gestão nesta importante bacia hidrográfica.</p>Cléria Maria de MeloNilzo Ivo Ladwig Anderson Rodrigo Estevam da Silva
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2025-09-082025-09-088esp. 1180198O CAMINHO É LONGO E CHEIO DE CURVAS
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<p>O presente artigo se constitui como uma análise das mudanças na paisagem cultural do território de Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina e de seu entorno, resultante dos ciclos econômicos, responsáveis pelas transformações socioespaciais. A metodologia exploratória contou com pesquisa bibliográfica, fotográfica e documental. Os resultados demonstraram que a paisagem cultural de Bom Jardim da Serra sofreu alterações pelo ciclo dos tropeiros, da madeira e das atividades agropecuárias recentes, o que resultou em uma paisagem cultural singular, cujo turismo explora seus atrativos e serviços, reconfigurando o cotidiano dos atores sociais.</p>Tayse Borghezan NicoladelliJuliano Bitencourt CamposEdenir Bagio PerinBenito SbruzziJosé Gustavo Santos da SilvaRicardo Eustáquio Fonseca FilhoJairo José Zocche
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2025-09-082025-09-088esp. 1199226CONSERVAÇÃO, PAISAGEM E PATRIMÔNIO MINERÁRIO
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<p>O tema aqui tratado explora as interseções entre os três campos conceituais sob uma perspectiva de emergência da convergência resultante das interseções. Busca-se expor a necessidade de alargamento da prática conservacionista, incorporando e valorizando os dois outros conceitos, de paisagem e do patrimônio minerário, mostrando-os como realidades distintas, mas convergentes e cooperativos em favor da conservação e desta com a prática minerária e o patrimônio decorrente, historicamente acumulado e como a conservação da biodiversidade e do estabelecimento de unidades paisagísticas, os geótopos ou geossítios, podem contribuir para o estabelecimento de um novo paradigma para a conservação ambiental. Os aspectos abióticos (geodiversidade) e culturais (patrimônio) atuando em conjunto com as necessidades conservacionistas, e esta, sendo compreendida sob o prisma patrimonial e paisagístico. Como método de trabalho, publicações diversas de autores de várias partes do mundo ocidental foram consultadas, propondo diferentes formas de interpretação da paisagem e do patrimônio minerário. A partir dessa compreensão, e tomando como modelo propostas de instituições de atuação global referências no conservacionismo e no patrimônio, além de autores e relatórios de trabalhos com metodologias testadas principalmente na Europa nos últimos 20 anos, faz-se considerações sobre a necessidade de se estabelecer essas experiências no Brasil, citando recente resolução de instituição internacional referência global e políticas conservacionistas recomendando aos Estados-membros a integração específica entre áreas protegidas e conservadas, objetivando cuidar e destacar o patrimônio minerário histórico e a paisagem onde se insere, como forma de integração e progresso socioeconômico e de educação patrimonial e ambiental das populações das regiões alvo de atividades minerárias.</p>Múcio do Amaral FigueiredoLeonardo Barci CastriotaPaulo de Tarso Amorim CastroArlon Cândido FerreiraHeloísa Silva LeãoUlisses Passarelli
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2025-09-082025-09-088esp. 1227246ABELHAS NATIVAS EM ÁREAS NATURAIS NO ECÓTONO MATA ATLÂNTICA-CERRADO, EM BARBACENA-MG
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<p>As abelhas (Arthropoda, Hymenoptera) têm importância ecológica por serem insetos polinizadores. Pertencem à família Apidae, se distribuem em 35 tribos e dentre essas a Meliponini e a Euglossini. Essas tribos citadas ocorrem no Brasil e podem ser encontradas no ecótono Mata Atlântica-Cerrado, onde se insere o município de Barbacena-MG. Conhecer as espécies de abelhas em áreas naturais neste município foi o objetivo do presente trabalho. A obtenção dos espécimes foi por meio de armadilhas (iscas aromáticas), redes entomológicas e registros fotográficos. Os indivíduos capturados foram fixados e identificados, sendo mantidos na coleção do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - <em>Campus </em>Barbacena. Nas duas áreas protegidas amostradas foram identificados dezesseis espécies, sendo dez Euglossini e seis Meliponini. Conclui-se que as duas áreas naturais protegidas são importantes na manutenção da biodiversidade local e potenciais no equilíbrio ecológico deste ecótono Mata Atlântica-Cerrado.</p>Sabrina Ferreira SilvaAlexandre Esteves BerniniLucas Gabriel Bernini ResendeJosé Emílio Zanzirolani de OliveiraGuilherme do Carmo SilveiraHelder Antônio da SilvaGeraldo Majela Moraes Salvio
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2025-09-082025-09-088esp. 1247266