ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DOS AFLUENTES MINEIROS DO MÉDIO RIO GRANDE (GD7) COMO SUBSÍDIO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS COM POTENCIALIDADE À OCORRÊNCIA DE PROCESSOS GEOLÓGICOS

Resumo

Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de uma série de acidentes catastróficos associados a processos geológicos gerados por chuvas excepcionais, com sérias consequências sociais, econômicas e ambientais, demonstrando a necessidade de pesquisas mais aprofundadas sobre a dinâmica desses processos, para que sistemas de gestão e ordenamento territorial mais eficazes possam ser implantados no país. O objetivo geral deste trabalho é de apresentar as unidades fisiográficas delineadas na Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Médio Rio Grande a partir do emprego de técnicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento e do método de Compartimentação Fisiográfica, de modo a identificar quais locais possuem maior potencialidade à geração de processos geológicos e hidrogeomorfológicos. De modo geral, as unidades fisiográficas que possuem contato direto com planícies são aquelas que possuem maior potencialidade à geração de fluxos de detritos, ao passo que os locais com maiores densidade de relevo são enquadrados como os que possuem maior potencialidade a processos geológicos/ gravitacionais de massa. A metodologia adotada reuniu critérios geomorfológicos e geológicos fundamentais que contribuem na deflagração de processos gravitacionais e hidrogeomorfológicos, o que possibilitou identificar os locais com maior potencialidade a sua ocorrência.