A PRODUÇÃO DO ESPAÇO E AS POLÍTICAS DE TURISMO COMO POTENCIALIZADORAS DA SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL

Resumo

O presente estudo busca desnaturalizar a (re)produção do espaço na construção de uma cidade turística, se atentando a intencionalidade e a forma com que o Capital homogeneíza, fragmenta e hierarquiza um local que se urbaniza para comportar e potencializar a atividade do turismo. É dado destaque ao caso de Poços de Caldas, uma cidade média do Sul de Minas, que devido a sua localização em uma caldeira vulcânica dá início a sua trajetória através do turismo de cura com as águas sulfurosas. Passando assim pelos processos de consolidação do espaço urbano, sendo eles o pré-industrial com o turismo de cura, a fase industrial devido à forte influência da mineração e expansão populacional e sua fase pós-industrial que se dá após a crise da década de 80 concentrando suas políticas ao turismo e bens consumo, transformando assim a qualidade de vida da classe trabalhadora local em mercadoria refém de uma especulação vinculada ao fetiche capitalista. Através da referência bibliográfica o estudo pretende conectado a geografia crítica de influência marxista através de Lefebvre apontar as contradições criadas pela concentração de bens de consumo na consolidação de sua fase pós-industrial e como isso reconfigurou a estrutura de divisão do trabalho e da produção do espaço.