IMPACTOS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS DA MINERAÇÃO DE FERRO NAS COMUNIDADES COMPONESAS DE BANDARRO E BESOURO EM QUITERIANÓPOLIS-CE
Resumo
Esta pesquisa buscou analisar os impactos e conflitos socioambientais, bem como elucidou as principais injustiças e/ou os crimes da mineração de ferro de responsabilidade da mineradora Globest Participações Ltda., ocorridos entre o ano de 2011 até 2019 nas comunidades camponesas de Bandarro e Besouro no município de Quiterianópolis – CE. Durante o mesmo período, destacaremos as formas de resistências a mineração protagonizadas pelas comunidades. A metodologia aplicada abordou a teoria e empiria no território camponês injustamente impactado pela mineração, compreendendo que estes dois aspectos foram fundamentais para a consolidação de um pensamento coerente com a realidade. Destacamos a nossa busca por uma teoria crítica ao modelo de mineração ainda vigente, buscando historicamente elucidar de forma concreta a luz da nossa pesquisa o descaso da indústria mineral para com a sociedade brasileira. Visitamos o território, presenciamos, dialogamos e escutamos as histórias de vida das famílias camponesas. Coletamos e analisamos dados a partir de vasta pesquisa documental, principalmente processos administrativos e judiciais ocorridos entre os anos de 2011 a 2019, período que justifica o recorte temporal considerando o ano de ingresso formal da mineradora no território. Detectamos que a mineração deixou o rastro de diversos impactos e crimes socioambientais que se caracterizam como assoreamento do Rio Poty, poluição das fontes de água das comunidades por metais pesados e o aparecimento de doenças respiratórias e dermatológicas. Assim, o processo de mineração é conceituado na fala dos camponeses como portador do desassossego e pobreza e, que sua essência provoca destruição, doença e morte.
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