Geografia e Planejamento: apogeu e crise

Autores

  • Jacob Binsztok Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

fordismo, keynesianismo, acumulação flexível

Resumo

 

 

Resumo

O tema proposto é controvertido e simultaneamente instigante, pois a Geografia participou ativamente do Planejamento no Brasil e no mundo durante um razoável período histórico. A partir da década de 1990, coincidindo com a redução do papel do Estado na sociedade, o Planejamento, praticamente, deixou de existir e a ciência geográfica acompanhando os movimentos globais influenciados pelas concepções neoliberais fracionou seu objeto, atomizando estudos e pesquisas.  O advento das políticas neoliberais, o declínio do keynesianismo, e o aparecimento das Organizações Não-Governamentais (ONG’s) construíram novas formas de intervenção, pautadas principalmente, pela terceirização, flexibilização e precarização das relações de trabalho, tentando suplantar o antigo paradigma do Estado de Bem-Estar Social vinculado ao fordismo, que privilegiava a industrialização como instrumento destinado a superar o subdesenvolvimento e reduzir os altos níveis de desigualdades sociais reinantes nos países periféricos. Neste sentido, a minha intervenção abordará esta temática, realçando o apogeu e crise do keynesiamismo e suas implicações para o Planejamento e para a Geografia, posteriormente examinaremos as formas adotadas pela expansão do capital flexível e o crescente papel assumido pelas Organizações Não-Governamentais – ONG’s no Brasil e no mundo. Por último, procuraremos detectar tendências desses movimentos e suas implicações para o desenvolvimento da Ciência Geográfica na contemporaneidade.

 

Palavras-chave: Planejamento, Estado do Bem-Estar Social, Organizações não governamentais, Fordismo, Capital flexível

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jacob Binsztok, Universidade Federal Fluminense

Graduado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense com doutorado em Geografia Humana na Universidade de São Paulo e Professor Titular de Geografia Humana do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense. Atua nas áreas de Geografia Humana e Econômica, com ênfase nos setores de Planejamento Territorial e Ambiental e Geografia Agrária. Participa de pesquisas sobre o rebatimento espacial, no campo e na cidade, da cadeia produtiva de petróleo no Estado do Rio de Janeiro. Também trabalha na investigação dos espaços ocupados pela agricultura familiar na Amazônia, particularmente no Centro de Rondônia e nas várzeas do Baixo Amazonas, no eixo Oriximiná-Santarém. Orienta teses de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense. Ex-coordenador do Curso de Graduação em Geografia, Ex-coordenador do Programa de Pós-Graduação. Ex-diretor da Escola de Extensão da UFF. Participa de Eventos Nacionais e Internacionais de Geografia e Ciências Sociais na América do Sul e Central, Espanha, Oriente Médio e Estados Unidos.


Downloads

Publicado

2013-10-02

Como Citar

Binsztok, J. (2013). Geografia e Planejamento: apogeu e crise. Revista Territorium Terram, 1(2), 9–19. Recuperado de http://periodicos.ufsj.edu.br/territorium_terram/article/view/387