Acerca da política da poética visual dos museus
Resumo
Resumo: O presente texto é uma reflexão de cunho teórico acerca do processo de produção de imagens executado pelas instituições museológicas. A abordagem se fundamenta na ideia de que, em um museu, as coisas do mundo ‘do real’ (os objetos), após serem incluídas no campo dos museus por meio de um ritual determinado, se tornam, todas elas, imagens de si e de alguma (s) referência (s). A partir da ação de certa captura das coisas do mundo ‘do real’, estas se tornam também do mundo “das imagens”, mas não de maneira inocente, havendo processos e propostas contextuais acerca do que e de como estes bens são dados a ver. Assim sendo, as instituições museológicas atuam em uma articulação entre uma patrimonialização própria e os modos de resultar este processo que, invariavelmente, recai na produção de imagens. Para tanto, são usados conceitos e autores como “montagem”, de Didi-Huberman; “inoperação”, “sacralização” e “não uso”, de Agamben; e a constituição dos objetos de arte como instrumentos sociais, em Knauss, Selligman-Silva, Meneses e Santiago Junior.
Palavras-chave: Museu; Imagem; Visualidade.
About the Politics of Visual Poetics in Museums.
Abstract. This text is a theoretical reflection on the image production process performed by museum institutions. The approach is based on the idea that, in a museum, things in the “real” world (objects), after being included in the field of museums through a determined ritual, all become images of themselves and of some reference(s). From the action of a certain capture of things from the "real" world, they also become the world "of images", but not innocently, with processes and contextual proposals about what and how these goods are given to see. Therefore, museological institutions work in an articulation between their own patrimonialization and the ways to result in this process, which invariably involves the production of images. For this purpose, concepts and authors such as Didi-Huberman's “montage” are used; “inoperation”, “sacralization” and “non-use”, by Agamben; and the constitution of art objects as social instruments, in Knauss, Selligman-Silva, Meneses and Santiago Junior.
Key-Words: Museum; Image; Visuality.