Revista Estudos Filosóficos UFSJ
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<div>A revista Estudos Filosóficos sucede o periódico Anais de Filosofia, publicado durante dez anos pelo Departamento de Filosofia e Métodos da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), e inaugura uma nova etapa de publicação de trabalhos encaminhados a este Departamento, como uma contribuição para os debates filosóficos atuais.</div><div> </div><div>A publicação concretiza uma redefinição do objeto de investigação, pois, pretende constituir-se, crescentemente, em referência importante para os estudos de Filosofia Contemporânea, particularmente nas questões de Ontologia e Linguagem, Ética e Política.</div><div> </div><div>Para cada novo número será indicado, com antecedência, o tema que deverá ser desenvolvido pelos articulistas. Serão publicadas, também, resenhas relevantes, de lançamentos recentes, pertinentes à linha de publicação da revista, bem como notas sobre eventos significativos na área de Filosofia Contemporânea.</div><div> </div><div>A periodicidade, anual em 2008, passou a ser semestral a partir de 2009.</div><div> </div><div>Ao leitor, finalmente, expressamos as boas vindas, o convite e o agradecimento antecipado por sua participação neste projeto, inclusive com sugestões e críticas.</div><div> </div><div><strong>ISSN: 2177-2967</strong> (on line)</div>pt-BRRevista Estudos Filosóficos UFSJ2177-2967Conhecimento, sociedade e ideologia: aspectos da relação entre as noções de sujeito e objeto e a configuração político-social do homem vivo segundo Theodor W. Adorno
http://periodicos.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2000
<p><strong>Resumo:</strong> O artigo procura trazer à tona algumas funções ideológicas das noções de sujeito e objeto com ênfase no âmbito da crítica que Theodor W. Adorno faz às teorias idealistas do conhecimento, especialmente à teoria kantiana, em seu texto “Epilegômenos dialéticos sobre sujeito e objeto”.</p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Ideologia; Sujeito; Objeto.</p>Naiara Martins Barrozo
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2017-05-222017-05-2217O Mal Banal e a difícil tarefa do perdão
http://periodicos.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2001
<p><strong>Resumo:</strong> O presente artigo pretende analisar o conceito de mal banal e suas implicações no pensamento arendtiano. A banalidade do mal ou o mal banal, tomados aqui como sinônimos, continuam como sugere Hannah Arendt, a desafiar as palavras e os pensamentos, pois ainda estão presentes em várias estruturas burocráticas de poder. Como descoberto por ela, enquanto cobria como repórter da revista de The New Yorker, o julgamento do oficial da SS Nazista, Adolf Eichmann, na cidade de Jerusalém, o mal banal geralmente é perpetrado por aqueles que recusam-se à atividade de pensar e refletir seus próprios atos, colocando os efeitos trágicos de suas omissões sob as responsabilidades do aparelho burocrático da famigerada Razão de Estado. O artigo pretende ainda, verificar no pensamento de Arendt, a possibilidade do perdão/esquecimento em casos em que ocorre a junção e, consequente potencialização do mal radical em função atuação silenciosa do mal banal. Se<br />uma premissa básica do Estado moderno é auxiliar toda e qualquer pessoa a ter direito a ter direitos, quando uma máquina de produção industrial de mortes, como o nazismo, chega ao poder é porque a relação entre o mal banal e o mal radical foi extremamente exitosa. Num sistema assim, ocorre a negação da existência das pessoas enquanto pessoas, pelo simplesmente fato, de que os perpetradores também abdicaram desta condição e, para estes o perdão torna-se impossível na visão da filósofa, restando-lhe tão somente a punição exemplar pelo Estado, que além de promover a justiça, deve tornála<br />visível.</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Mal; Burocracia; Perdão.</p>Gerson Leite de Moraes
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2017-05-222017-05-2217Leo Strauss e a crise de nosso tempo: uma crítica ao positivismo e ao historicismo
http://periodicos.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2002
<p><strong>Resumo:</strong> O objetivo fundamental deste artigo consiste, antes de tudo, é apresentar a crítica elaborada pelo filósofo político teuto americano Leo Strauss àquelas que, para ele, são as duas principais correntes intelectuais da modernidade, a saber, o positivismo e o historicismo. De fato, Strauss, ao<br />reivindicar a necessidade de se pensar a emergência de uma possível recuperação ou resgate da filosofia política sob sua forma genuína, vê nestas duas correntes intelectuais oriundas da modernidade as principais causas da decadência filosófica de nosso tempo. Diante de tal constatação, Strauss analisa<br />que tanto o positivismo quanto o historicismo tornam impossível a constituição da filosofia política em sua acepção clássica ou tradicional, por negarem a possibilidade do pensamento de submeter a questão dos valores e da melhor ordem política ou do melhor regime a uma abordagem racional.</p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Positivismo e Historicismo; A Crise de Nosso Tempo; A Filosofia Política de Leo Strauss.</p>Elvis de Oliveira Mendes
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2017-05-222017-05-2217Hannah Arendt, Leo Strauss e a Filosofia Política
http://periodicos.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2003
<p><strong>Resumo:</strong> Hannah Arendt e Leo Strauss colocam no centro de suas reflexões o problema da relação entre filosofia e política. Ambos entendem que o exame dessa questão requer uma crítica da tradição da filosofia política. Contudo, seus projetos se diferenciam claramente quando Arendt coloca em xeque essa tradição em geral, ao passo Strauss acredita ser necessário recuperar o sentido da filosofia política clássica. Uma via para se apreender a diferença entre esses pontos de vista é examinar como eles interpretam o pensamento de Maquiavel. A partir da leitura do florentino, Arendt e Strauss podem explicitar alguns elementos importantes de seus pensamentos, dentre eles o papel que concedem ao tema clássico da virtude, especificamente, as virtudes da coragem e da moderação.</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Arendt; Strauss; Maquiavel; Filosofia Política; Virtude.</p>Helton Adverse
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2017-05-222017-05-2217O sequestro da democracia: o controle oligárquico
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<p><strong>Resumo:</strong> A crise da democracia recebe novas narrativas e é pautada para os cidadãos e logo é transformada em moda intelectual avassaladora. Sucessivas vertentes, mas um só problema sem declaração de oposição ao próprio conceito, a democracia vai sendo apresentada em todas as suas insuficiências. A hipótese da qual parte este trabalho é o sequestro do conteúdo das democracias, de sua representatividade e de seu controle por parte de uma oligarquia bem definida em seus contornos. Das estratégias de domínio e das possíveis alternativas para fugir a elas é do que este artigo se ocupa.</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Democracia; Oligarquia; Economia; Política; Domínio.</p>Roberto Bueno
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2017-05-222017-05-2217Cristianismo e racionalidade política moderna em Michel Foucault
http://periodicos.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2005
<p><strong>Resumo:</strong> Baseado em Do governo dos vivos, curso ministrado por Michel Foucault em 1980 no Collège de France e publicado apenas recentemente, em 2012, o artigo pretende acompanhar a leitura realizada do cristianismo primitivo e sua relação com a racionalidade política moderna (lembrando que, na visão de Foucault, regimes de verdade estão sempre articulados a regimes de poder). Assim, Foucault estuda diversos procedimentos de manifestação da verdade e uma série de práticas e dispositivos (como o batismo, a confissão, a penitência e a direção de consciência) que constituem a subjetividade cristã e, por<br />consequência, a subjetividade ocidental. Em sua leitura, Foucault ressalta duas obrigações básicas para o funcionamento do poder pastoral (que tenderá a extrapolar o campo das práticas religiosas para invadir o domínio da política na modernidade): obedecer completamente (nada querer por si mesmo) e nada esconder (dizer tudo sobre si mesmo).</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Foucault; Cristianismo; Racionalidade Política Moderna; Do governo dos vivos.</p>Marco Antônio Sousa Alves
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2017-05-222017-05-2217Democracia e justificação: procedimentalismo substantivo
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<p>Resumo: Neste trabalho, abordarei a proposta procedimentalista, visto em teorias de legitimação democrática que buscam, para além de condições normativas ditas de valor intrínseco ao procedimento, condições instrumentais normativas de sua realização, ambas as quais mantém um procedimentalismo qualificado, visto substantivamente, como necessárias à justificação pública do<br />processo democrático. A proposta procedimentalista por excelência, tem que o processo de tomada de decisões, sob as devidas restrições democráticas, confere normatividade a seus resultados através do uso de condições procedimentais, tal qual a de igualdade de participação, necessárias à justificação pública do procedimento, e suficientes à legitimação de seus resultados. O argumento termina com a conclusão de que, conquanto necessárias condições procedimentais ditas de valor intrínseco, para que<br />haja justificação pública do procedimento, sua legitimação não preclui a presença de um valor instrumental, mesmo nas próprias condições e características estritamente processuais. De fato, as mesmas pressuposições básicas - desacordo profundo e necessidade de um procedimento - que<br />ensejam condições processuais democráticas, não implicam um procedimentalismo puro, e sim um substantivo; a partir da contribuição através da ação individual delimitada por cláusulas democráticas, e de um objetivo de tomar-se uma decisão sobre todos, conjuntamente, tem-se que uma proposta<br />procedimentalista razoável tem de ser, também, instrumentalista.</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Democracia; Justificação; Procedimento.</p>Felipe Held Izquierdo
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2017-05-222017-05-2217Una giornata particolare: uma reflexão sobre a esfera pública e privada nos regimes totalitários
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<p><strong>Resumo:</strong> Tomando como ferramentas teóricas principais o ensaio da filósofa Hannah Arendt acerca do funcionamento dos regimes totalitários intitulado “Sobre a natureza do totalitarismo: uma tentativa de compreensão” e o segundo capítulo de seu livro “A condição humana”, bem como o conceito habermasiano de “esfera pública” (no original alemão öffenlichkeit), este artigo tenciona analisar o<br />funcionamento das esferas pública e privada nos regimes totalitários. Tomou-se, como corpus de análise do fenômeno totalitário, o filme do diretor italiano Ettore Escola Una Giornata Particolare, obra cinematográfica bastante elucidativa do período histórico em questão.</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Totalitarismo; Público; Privado.</p>Alice Vieira Barros
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2017-05-222017-05-2217Razoabilidade e racionalidade a partir da obra O liberalismo político de John Rawls
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<p>Resumo: O presente artigo tem como objetivo principal apresentar e discutir os conceitos de razoabilidade e racionalidade a partir da obra O liberalismo político, de John Rawls. Para tanto faz uma análise sistemática, levando em consideração alguns elementos fundamentais de sua teoria política. Partindo do fato do pluralismo presente na sociedade contemporânea, Rawls busca responder a necessidade da estabilidade das instituições democráticas diante das divergências presentes nesse contexto multifacetado. Na perspectiva rawlsiana a permanência do sistema depende do consenso social acerca de determinadas questões (overlapping consensus) entre cidadãos livres e iguais. É nessa<br />perspectiva que os conceitos de razoabilidade e racionalidade ganham destaque tendo em vista a autonomia desses cidadãos que através da razão prática buscam justificar publicamente suas argumentações e formulações nos diferentes contextos.</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Razoabilidade; Racionalidade; Liberalismo Político; John Rawls.</p>Edegar Fronza Junior
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2017-05-222017-05-2217Uma definição e justificação para o respeito por seres humanos na teoria da justiça de John Ralws
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<p>Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar uma definição e uma justificação para o requerimento de respeito por seres humanos partindo da filosofia política de John Rawls em A Theory of Justice (1971). Por mais que Rawls não tenha nem uma tal definição, nem uma tal justificação em vista com seu projeto da justiça como equidade (justice as fairness), pode-se partir de sua filosofia política para articular ambas, visando uma resposta à questão política: por que devemos respeitar seres humanos? A fim de buscar uma tal resposta, lanço mão do seguinte percurso argumentativo: (1) apresento noções principais da justiça como equidade (tomando como base a obra magna rawlsiana de<br />1971), focando sobretudo nos dois princípios de justiça; (2) trato das noções de autorrespeito e respeito mútuo, para elaborar uma definição para o respeito por seres humanos – sendo o respeito o mais importante dos bens sociais primários a serem garantidos em uma posição original hipotética; e (3) considero o procedimento de construção dos princípios de justiça, tal qual caracterizado pelo véu de ignorância na posição original da justiça como equidade, enquanto base justificatória para os dois princípios – e, consequentemente, para o respeito por seres humanos.</p><p><br /><strong>Palavras-chave:</strong> Definição; Justificação; Respeito por seres humanos.</p>Emanuel Lanzini Stobbe
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2017-05-222017-05-2217Apresentação
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-Cássio Corrêa Benjamim
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2017-05-222017-05-2217